segunda-feira, 29 de agosto de 2011

âncora? vela?

qual me leva? qual me prende?


Então essa pergunta é feita toda vez que o play roda em Mapas do Acaso. Fato é que, diante de uma pergunta com resposta quase tão óbvia, as alternativas viram milhares... pensamento digno de horas reflexivas, com direito a papo filosófico, conversa em mesa de bar ou em volta de pequenas viagens.
 Âncora prende. Vela leva... Mas, em uma visão ampliada, parafraseando o carinha das consoantes, há várias variáveis... E aí a pergunta, feita numa noite de sábado em Porto Alegre, enquanto tocava no som do carro essa música, foi respondida em duplicidade.
Quem sabe? Do que depende? Uma vela pode ser superficial. Leve. Leva, como o vento, é incerta... A âncora, concreta, sólida, permanece. Pode passar a (falsa?)sensação de segurança... naturalmente, não deixaria escapar.
Pelas toneladas, âncora inevitavelmente e sem sofrimento, prende a qualquer um, mesmo que não queira. Mas depois, por prender indiscutivelmente, pode virar martírio.
Talvez aí então, a beleza e a força do oposto... Enquanto uma vela não tem a capacidade de te prender pelo peso, ela, com um mistério espantoso, simplesmente pelo prazer da leveza... Me leva desafiando pra lugares inexplicáveis. Como um ímã, atrai... conecta... Pela liberdade, prende. Aí, a duplicidade boa da coisa.
A vela então, sem querer, também toma o papel da âncora: me leva... e me prende.
"...aprendi contigo a navegar, a qualquer tempo, em qualquer mar"
enghaw

3 comentários:

  1. Para sempre ancorados no que o tempo todo se move...
    GK

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  2. é, a nossa liberdade é o que nos prende...

    bjo bjo Licinha!

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  3. Hummm... Você sabe que tenho meus "poréns" com o HG, mas teu texto merece, no mínimo, um parabéns, muito bom!!!

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