quinta-feira, 23 de junho de 2011

são as pequenas coisas

...que valem mais













Foi bom acordar aquela manhã, apesar do mal estar no estômago. Depois do meio dia, tudo voltou a virar normal e, como é rotineiro depois das despedidas, bateu um desânimo chato. A tarde corrida  passou como um raio e cheia de tarefas. A volta pra casa a pé foi uma opção pra exercitar, deixar o vento bater no rosto, pensar. Esvaziar a caixa de correspondências, preparar-se pra aula nos minutos seguintes, comer um lanche rápido, trocar a roup... ops. 
Já depois da aula, pensando nas tarefas do dia seguinte, olhando e-mails, vendo atualizações de orkuts, facebooks, twitters... uma tarja amarelinha indica novidade. Clica, e ali está.
Meu dia ganho com pequenas coisas. Um bilhete em cima da minha cama... uma música estampando dez anos de amizade... Isso, naquele dia. E que ninguém negue o poder das pequenas coisas... As vezes, uma palavra que valoriza teu esforço. Um riso sincero, um abraço, um elogio. Uma ligação da família com saudade. Um olho no olho bem olhado. Uma recordação guardada em papel. Não canso de dizer, e faço questão de lembrar todo o dia.. são as pequenas coisas que trazem grandes proporções de felicidade.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

pra matar a saudade...

...em dose dupla.
tava com saudade de escrever aqui. justificativas nem sempre justificam, fato que eu tinha 20384 mil coisas pra escrever no blog nos últimos meses, mas o tempo com faculdade, projetos, estágio, me consumiu. Sem mais "desculpinhas", volto pra matar a saudade em dose dupla. Rabiscando na agenda da Andressa hoje, lembrei de um texto do Oscar Wilde, que na época do teatro, decorei para uma apresentação no colégio. É claro que deu saudade. Então, lembrando das minhas definições de amizade lá longe, relendo o texto, e redefinindo meus conceitos de amizade hoje, cheguei à conclusão: continuam o mesmo, igualzinho ao que muito bem define esse texto:

loucos e santos

Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os ão pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.  Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso.  Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.