segunda-feira, 5 de abril de 2010

no ritmo de um amanhã colorido

Hoje é aniversário do Duca. Nenhuma data mais propícia pra deixar aqui a entrevista perfil que fiz com ele, em maio do ano passado. Ainda não tinha postado aqui, é um dos textos que mais gostei de escrever.
Taí!

No ritmo de um amanhã colorido

Aos onze anos, ele queria ser o melhor guitarrista do mundo. Hoje já não tem essa pretensão, mas por três vezes consecutivas foi eleito pela crítica o melhor guitarrista do ano. Graças a seu irmão mais velho e ao avô, Duca Leindecker entrou no mundo da música. É líder da banda gaúcha Cidadão Quem. Além da guitarra, as composições, palavras envoltas em livros e telas de cinema também são suas paixões.


Duca dirigiu o curta Chá de frutas vermelhas, que foi ao ar na RBS TV no encerramento da edição 2009 de Curtas Gaúchos. Também é o idealizador do seu próprio estúdio, o Submarino Amarelo. Lá foram produzidas as músicas de seu novo projeto em parceria com Humberto Gessinger, “Pouca Vogal”, que esteve no dia 22 de maio em Santa Maria. “Estou adorando esse projeto. É muito bom sair do seu universo único, que é ser líder de uma banda, e entrar na vida de outro líder de banda. É um aprendizado muito grande” explica Duca.
Além de todas as atribuições que podem ser dadas a Duca Leindecker, o músico sempre teve uma relação muito forte com o pára-quedismo. “Foi uma coisa muito legal que aconteceu na minha vida e muito horrível também”, relembra. Ele diz que se divertiu muito, teve prazer e emoção, mas também tristeza por causa da morte do baterista da banda e grande amigo Cau Hafner, que morreu saltando em 1999. “Por isso eu acabei, aos poucos, parando de saltar”.

A Casa da Esquina (1999) e A Favor do Vento (2003) são os seus livros publicados. Ficções bem mescladas com a vida real: o que há de autobiográfico em A Casa da Esquina? “Tudo”, responde Duca. “Não é documental porque não tem compromisso com a verdade, e adaptei algumas coisas. Mas ele é baseado em histórias da minha vida”. Descobertas, infância, a família e a perda são temas que predominam em sua narrativa.
Não tendo nenhuma formação em curso superior, Duca sempre optou por fazer o que realmente gosta. Não faz nenhuma faculdade porque ocupa muito bem o seu tempo com o seu grande prazer: a música. Mas, se sobrasse tempo para fazer, teria preferências. “Existe faculdade de culinária? Era o que eu faria, culinária e direito”.
Ele sempre teve medo de morrer jovem. Talvez pelo fato de seu pai ter ido tão cedo. O menino Duca tinha apenas oito anos. Por isso o pai de Guilherme resolveu compor O Amanhã Colorido, como um testamento ao seu pequeno de cinco anos. Lágrimas umedecem seus olhos. “Eu gostaria que ele soubesse como eu vejo a vida. Melhor do que dinheiro ou qualquer coisa que eu deixe, é a minha forma de ver a vida”, confessa o músico.
Duca sempre teve a convicção que o mais importante na vida é acreditar no que está fazendo e fazer com vontade. “Independente de onde eu estivesse agora, Duca Leindecker, do jeito que ele é, estaria com a mesma realização que tem hoje com a música, sendo cozinheiro ou advogado. Porque se você gosta, não se importa de passar o tempo inteiro fazendo”, comenta. Mas ele não deixaria a música. Dela, ele sempre gostou. Por isso, tamanha realização.

7 comentários:

  1. fico muito legal liciii !
    eta guria que me da orgulho ;)

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  2. lici parabens pelo texto. tu sabe,eh. Cada dia me orgulho mais de vc. beijo amada

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  3. Parabéns, Liciane...
    Eu sou fã do Duca e tbm de toda sua obra... Você "mandou" muitíssimo bem nas palavras, abraços!

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  4. Poxa Vida, que privilégio ter conhecido esse cara! =)

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  5. Parabens ! Ficou muito bem resumido a pareira e a vida do Duca.

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  6. Faça agora uma do Luciano Leindecker, que é um cara excepicional, conheço-o pessoalmente e tenho muita admiração pelo seu trabalho e principalmente pela pessoa que ele é.
    Obs. O reconhecimento da Cidadão Quem deve muito a ele também.
    Abraços
    Marcelo
    marcelo.cascavelletes@hotmail.com

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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