quinta-feira, 25 de setembro de 2008

editorial ABRA

Pra quem não sabe, nós, alunos da Unifra, somos responsáveis pelo jornal ABRA, no 2º semestre do curso. Esse mês o tema foi Responsabilidade Social, e rendeu váárias pautas legais. Mas esses assuntos eu deixo para o editorial, que foi escrito pelo Fabiano e vou publicar aqui. E, eu sei que sou suspeita pra falar, mas permitam-me um simples comentário: queeeee editorial!

Tempo de Aprender
Já foi o tempo (se é que houve esse tempo) que as universidades eram apenas espaços para se aprender conteúdos teóricos, baseados nas características de cada curso.
Claro que é importante para o dentista saber como obturar, não há dúvidas que o advogado deve conhecer leis e que o jornalista deve escrever bons textos.
Mas o mundo acadêmico vai além do que se aprende em sala de aula, existe algo de muito maior, algo que acontece do lado de fora dos muros universitários.
Cada vez mais, é importante o pensamento de um todo, a visão de comunidade, a consciência de que o mundo e as pessoas precisam de um pensamento plural. As instituições de ensino superior, hoje, tem a difícil tarefa de, antes de tudo, formar cidadãos, capazes de discernir propostas e indicar caminhos que possam nortear uma comunidade que clama por mudanças. Atitudes que possibilitem um futuro melhor a médio e longo prazo.
A construção desta nova realidade passa necessariamente, pela responsabilidade social, seja de empresas, entidades e organizações, até chegar ao mundo de cada um.
Na carona do tema do VI Fórum de Comunicação Social da Unifra, o ABRA cumpre com o seu papel, e apresenta nesta impressão o olhar crítico e responsável de futuros jornalistas.
Jovens que se preocupam com a relação entre sociedade e meio ambiente, a coleta seletiva de lixo e reciclagem, uma galera que sabe a importância do voto, homens e mulheres que entendem e valorizam o sorriso de uma criança.
Ao ler o ABRA, você vai conhecer histórias de quem sabe que o beliscão da agulha vale a pena, ele significa o alivio de quem recebe uma doação de sangue. Vai ser lendo nosso jornal que você vai repensar suas atitudes no transito, e nem vai se incomodar com a buzina do carro de trás.
Então tá ! curte um pouco do que pensa e sente essa moçada que se preocupa não apenas com matérias e pautas, mas sim com os personagens de cada uma das histórias reais do dia-a-dia.
Por Fabiano Oliveira.

Das telas do cinema à vida real

*Artigo para História do Jornalismo II
Poucas pessoas sabem, mas grande parte dos nossos gestos e hábitos vêm incorporados das
telas de Hollywood. Os anos 30 foram conhecidos, no Brasil, como a era do cinema. Porém, com a Primeira Guerra Mundial, a indústria cinematográfica européia diminuiu drasticamente, fazendo assim com que os Estados Unidos herdassem tudo e monopolizassem a produção, distribuição e exibição dos filmes no mundo todo. Portanto, falar em cinema na década de 30 era falar em Hollywood.
Para manter o “status” e garantir suas condições de modernidade, as pessoas vestiam suas melhores roupas para ir ao cinema. Muitos se apaixonavam pelos astros das telas, e para as mulheres solteiras, era hábito colecionar fotos de seus atores favoritos. Até o poeta Carlos Drummond de Andrade apaixonou-se por uma estrela do cinema, Greta Garbo, a quem dedica um de seus poemas, “Os 27 filmes de Greta Garbo”.
A verdade é que o cinema é um grande influente no cotidiano das pessoas, e não somente nas décadas iniciais de seu sucesso. Gestos como segurar um copo, acender um cigarro, o flerte com a moça, o sorriso sarcástico, foram herdados das grandes telas. O cinema teve o poder de fazer as mulatinhas do Rio de Janeiro descolorir seus cabelos, depois de assistirem ao filme Platine Blonde. É o sistema cultural que mais exerce efeito nas mudanças de comportamento dos indivíduos.
Ainda hoje, não somente a indústria Hollywoodiana como também a televisão, pesa uma enorme influência nos hábitos de seus espectadores. O corte e a cor do cabelo da protagonista, a distribuição dos móveis na sala de estar glamourizada, a roupa da moda dos personagens, acaba moldando as pessoas, que buscam essas semelhanças das telinhas e incorporam à sua vida real. E tudo isso comprova que, desde o início da indústria cinematográfica, há sete décadas, o cinema é um grande aliado no comportamento humano.

Pic. Elizabeth Taylor,Greta Garbo, Marilyn Monroe, Alinne Moraes.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

um livro... ou vários

Comecei a gostar do Jostein Gaarder quando li Através do espelho, se não me engano em 2003. Aí descobri que aquele livro gigantesco, O mundo de Sofia, era obra dele. Quando devorei as últimas páginas daquela bíblia filosófica, me apaixonei. E ontem, terminei de ler pela segunda vez A garota das Laranjas. O que tenho a dizer é que os livros dele são simplesmente apaixonantes. Neles a gente encontra algumas respostas às nossas perguntas inquietantes, e muitas vezes, mais perguntas às nossas inquietações.
O que importa é que esses livros são uma grande viagem... desde à Noruega e suas redondezas, à Atenas, à Grécia, ou até às diversas galáxias, estrelas e mundos sobre nós... são uma viagem dentro de nós mesmos e dentro de cada questionamento que temos sobre a vida e esse mundo...
Não tem como escrever aqui sobre um livro específico do cara. Por isso deixei aqui esses três nomes, e digo que são ótimos para aqueles momentos só nossos, das perguntas loucas da vida.
Ah! Depois que a gente fecha um livro do Gaarder, não tem como enxergar as coisas da mesma maneira de sempre. É tudo muito mais complexo!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Desespero

É como se lhe arrancassem o chão dos pés, e como se você quisesse dar dois passos e mal conseguisse mexer os dedos. Ou então como correr muito, correr demais, e nunca conseguir alcançar aquele exato ponto. Talvez seja como você estar em um cubículo de 2x2 com 20 pessoas dentro. Ou sentir vontade de gritar e ver que sua voz não é o suficiente. É os pensamentos em transe, sua vontade de mudar aquela situação e não ver retorno, é medo. Ou simplesmente não conseguir dormir.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

pequenas coisas grandiosas

Hoje, abaixo de um sol escaldante e num calor atípico pra época, lá fomos nós, eu e a Maiara, atrás da tal da ASMAR( Associação dos Selecionadores de Materiais Recicláveis), pegar as informações pra nossa pauta do Abra. Depois de uma caminhadinha por rua desconhecida, chegamos.
Conversei com a Marcia, uma das funcionárias que trabalha na associação, que me explicou como funciona os processos, desde a coleta, a separação, a prensagem dos materiais até a venda. Eles arrecadam mais ou menos dez toneladas de material reciclado por mês: o nosso lixo rende uma grana, e é o sustento deles. O slogan, A transformação pela solidariedade, transmite muito bem o objetivo da associação: transformar o lixo em matéria-prima, transformá-lo para a sobrevivência; e a solidariedade, nada menos que com o nosso planeta.
São entre 14 famílias, e o legal disso tudo é que trabalham conscientes: além de conseguirem dinheiro para sobrevivência, sabem direitinho o bem que fazem para a cidade e o meio ambiente.
A gente percebeu a consciência deles quando vimos, dentro do galpão onde trabalham com as sucatas, um simples cartaz na parede.
"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra".
Sim. Precisamos de pessoas pequenas, que façam coisas pequenas. Elas viram grandiosas.