quinta-feira, 26 de junho de 2008

Longe de casa...

Em um ano e meio dá pra aprender a fazer muita coisa sozinha. Alguns meses atrás eu não percebia meu quarto bagunçado, minhas roupas amassadas e não via a casa suja. Alguns meses atrás tudo o que eu queria era me livrar daquela dependência, ter o meu cantinho, lavar a louça a hora que desse vontade e deixar de pedir permissão pra qualquer coisa. Então chegou a hora em que cheguei aqui com as minhas trouxas e arrumei a casa do meu jeito. Eram as minhas coisas. Todas adquiridas com a grana do pai e da mãe, claro, mas pertenciam a mim. Eu que acordava as seis da manhã pra ir pro cursinho, com o meu despertador e a minha (falta de) vontade; não era mais a mãe com o vamos lááá, tá na hora, e ligando a luz do quarto. Eu que preparava o meu café correndo porque estava atrasada, e não encontrava mais a mesa pronta com a ximia, o melado, o pão e água quente para o cafezinho. Quando voltava pra casa, mesmo chovendo ou naquele frio de rachar, voltava a pé, tonta de fome. Arrumar a mesa, fazer o almoço, lavar a louça (naquele mesmo frio de rachar!), limpar a cozinha, o quarto, a sala, o banheiro, e, ufa, ir estudar. “Mãe, traz um lanchinho!”, “Pai, me busca que vai chover”, never more né? E agora. Faculdade, onze da noite, a pé; mercado, mil sacolas, a pé; casa da amiga, que é longe, táxi; e a grana que era pras compras do mês, evapora.
But, é isso aí. Não é o fim do mundo não, e é recém o início daquilo que a gente sempre quis ser, “independentes”. Uma hora ou outra a gente precisa sair daquela vida boa e procurar o que é bom pra crescer de verdade.
Acostumei com essa "independência", e agora sei fazer meu almoço, limpar a minha casa e cuidar da minha dor de estômago. Nascemos sendo criaturinhas adoráveis só dos nossos pais, mas crescemos para nos tornar só nossos. E, sim, a gente aprende sozinho, quando a água bate na bunda, quando vê que não tem outro jeito, se é o que queremos, vale a pena.
O melhor disso tudo é voltar pra casa e saber valorizar cada abraço e cada domingo juntos. E a adorável irmãzinha que está louca para levar essa mesma vida.
Aproveitar o chimarrão, a pipoca com chocolate, o churrasquinho e a sobremesa que eles fazem a nossa espera.
p.s: te espero, Mari.

terça-feira, 24 de junho de 2008

A cidade do Sol

Mariam e Laila são mullheres completamente diferentes, e há quem diria que seus destinos seriam opostos. Mariam é filha de uma empregada com um empresário rico, que tem vergonha de assumi-la para a família. É considerada filha bastarda, e sua mãe a ensinou que a mulher nasceu para ser submissa ao homem, para lhe dar filhos e lhe servir a vida toda. Laila é filha de um professor que a incentiva a estudar e lutar pelos direitos da mulher. "Você pode ser tudo o que quiser, Laila". Dois destinos aparentemente opostos.
Porém elas não controlam seus destinos.
Aos 14 anos, o pai de Mariam a dá em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. A partir daí, a menina se vê totalmente desamparada frente a um homem bruto, rude e completamente estúpido. Dezoito anos mais tarde, Laila está na mesma situação, depois que seus pais morrem e fica sozinha. Então, estando na casa do casal, também casa-se com Rashid.
A partir daí a vida das duas mulheres se encontra. Inicialmente são rivais. Laila, tratada como uma rainha, Mariam, como uma escrava. Porém o tempo mostra que estão na mesma situação: as duas sofrem juntas as submissões e agressões do marido, e é na dor que elas se vêem unidas. Então constroem laços de amizade e amor incondicional, mostrando a lealdade e generosidade em contraste às brutalidades do marido e do regime talibã.
O tal do Hosseini consegue prender quem lê desde o início até a última palavra do livro. Triste, emocionante, chocante, bonito.
E é óbvio que eu não vou contar mais do que isso. Deixo avisado que é um dos melhores livros que eu já li na minha vida. Recomendo e recomendo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sobre leis

Dear Pri pediu pra que eu escrevesse sobre essa nova lei que seu Lula sancionou, que torna infração gravíssima dirigir com qualquer teor alcoólico. Well, vamos lá.
A tal da lei (nº11.705 do Código de Trânsito Brasileiro), diz que quem for pego em rodovias federais com qualquer gotinha de álcool no sangue levará uma multa no valor de 955 reais, e terá a carteira de habilitação apreendida por um ano. Antes era permitido até 6 decigramas, pois bem, agora é qualquer gotinha de álcool no sangue. Isso quer dizer: menos de um cálice de vinho, uma lata de cerveja, ou até um remédio(sim, um remédio contém álcool, e há o risco de quem tomou o remédio, também ser penalizado por ter gotinhas de álcool no sangue!). Eu já sei que meio mundo deve estar revoltado e indignado com o rigor dessa nova lei. Mas, bem, analisemos os fatos: a lei é válida para quem trafega em rodovias federais. Ora, quem vai trafegar em rodovias federais, não pode mesmo beber um gole de alcool.(isso quer dizer, Pri, que o teu pai pode, sim, te buscar em uma festa dentro da cidade depois de tomar uma taça de vinho, sem perder 955 reais).
E no caso dos remédios, como é uma quantidade muito pequena, logo os sinais de álcool desaparecem do sangue. Em questão de 40 minutos, se for feito o teste novamente, não terá mais sinal algum de álcool. Isso quer dizer que o "rigor" dessa lei nem é tanto assim. Mas é claro que não deixa de ser, e, por sinal, não é assim que as coisas funcionam por aqui? Só desse jeito mesmo, impondo, exagerando, extrapolando. Até porque a gente tá vesgo de saber que os maiores índices de acidentes e mortes no trânsito são mesmo devido à embriaguez.
Tudo bem que é exagerado, tudo bem que é rigoroso, mas é só assim que dá resultado. Todo mundo já estava avisado que beber e dirigir não dá. Como não levavam a sério a dicazinha, agora veio a lei. E experimenta não levar a sério.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

doze de junho



Estou antecipando as comemorações do 20 de julho.
Feliz dia dos namorados para os apaixonados.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Experimentos.

Hehehe, então vou colocar aqui uma das minhas primeiras notícias. Tá, essa quem escreveu foi eu e a Gabi, e é para um trabalho de Redação Jornalística I.É o tal de jornal mural, que vai ficar pelos corredores da Unifra. Então, vai de presentinho aqui, já que ainda não foi publicada, e há dúvidas quanto a isso.

Música também é comunicação


Thedy Correa (compositor e vocalista da banda Nenhum de Nós) arranjou um jeito de expor todos seus sentimentos e, dessa vez, no seu livro Bruto, que reúne músicas e poemas, publicados em sua forma original e recheados de histórias reais.

O cantor e compositor esteve em Santa Maria no mês de maio, para um bate-papo sobre poesias, leituras e divulgando seu livro, Bruto, lançado em 2007(Ed. L&PM). No livro, estão seus poemas e suas músicas, e por trás de cada letra, está uma história real e apaixonante. As inspirações de Thedy vêm do poeta Vinicius de Moraes, pelo qual o cantor tem uma grande admiração. Incentiva a todos a participarem do mundo da literatura, pois “é por meio dela que podemos escrever coisas que não se vão com o tempo”, diz ele.
Enfatiza também o modo como gostaria que todos vivessem: intensamente, fazendo com que nenhum momento passe em vão, não sendo apenas ‘mais um’, e sim, com coragem e liberdade de expressão, poder comunicar nossos sentimentos e ideais.
Através de suas músicas, Thedy comunica-se com o mundo, principalmente com os jovens, que enxergam em suas composições situações semelhantes já vividas, como conflitos amorosos, a rebeldia adolescente, o mundo das drogas e também muito de “paz e amor”. Seu livro é a prova concreta de que a música é, sim, uma maneira interessantíssima de interligar entretenimento, literatura e comunicação.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Pra lembrar quem eu sou

E ontem eu resolvi esquecer tudo o que me faz mal.
porque as minhas lágrimas não caem mais, e era, sim, um dia especial.
vi tudo passar num segundo e, foi pouco tempo. Mas valeu...
Tenho certeza que eles sabiam, que muitos ali,
já sonharam que as pessoas eram boas em um mundo de amor...
E que também queremos dar um jeito de respirar, e deitar ao sol que brilha.
Nosso futuro é imprevisão (alguém me dê a mão?),
pelo espelho que a vida vai passar, e o tempo está no pensamento.

E lá estava eu, pra lembrar quem eu sou, e pra salvar o que ainda restou do nosso tempo...